segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Dos cinco dedos da mão é somente um que aponta
De tuas palavras são muitas as que ferem
Bastava um olhar para saber o porquê de se estar caminhando em estradas flutuantes
Sem perceber nossas rotas se cruzam pode ter certeza
Pois, em todos os caminhos possíveis o céu é o mesmo
E nele sempre tem as pedras que gostamos de chutar e os ventos que gostamos de comer
Da poeira que mistura com a saliva é inevitável o gosto de cimento ou barro
Caminhante não há caminhos...
Por isso, apenas caminhe.

zé silva.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

deitado só havia o azul. tudo o que pensava era como ultimamente estava difícil sonhar. perceber como as coisas podem ser fáceis foi arrancado dia-a-dia de seus pensamentos. pequeno homem massa. nasceu moleque e corajoso, herói e destemido em suas histórias juvenis. de tudo que passou só lhe restou o bigode...

zé silva.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Desligue o motor da razão
Venha ver como dois e dois podem ser cinco
Ouça apenas o batuque sonoro do coração
Destrua o fato
Construa a dúvida
Iluda o desejo
Embriague-se com a canção
A bengala do tempo são cavernas...
Construídas para manter a vontade de se sentir seguro
Trapo ingrato que cobre esta tua pele
Disfarçando a carne e nutrindo o sorriso da ignorância
Rasgue, chute, risque
Corra o risco
Depois abra os olhos
E veja que nem tudo que te rodeia sai do teu umbigo.

zé silva.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um ser estranho, em silêncio, me entrega uma cartilha e sai. Esquisito aquilo, na capa há a imagem de um relógio digital, olhei com atenção e percebi que a imagem era animada, marcava as horas de uma forma confusa, os segundos não paravam, mas nunca saia das 21h33min.

Estou num grande salão, rodeado por inúmeras pessoas que conversam entre si, mas não consigo ouvir as vozes. Coloco a cartilha em cima da mesa, abro, ao passar os olhos nas linhas o que leio é repetido por todos ali dentro:

- Deste lado do muro é sempre mais seguro...

Assustado fecho-a e as vozes somem, o movimento no salão não para. Olho para a capa e os segundos passavam.

Naquele palco diário sentia que todos interpretavam um papel misterioso. De alguma forma, todos parecem guardar um segredo do mundo, algo que não posso saber. Olhavam como se parecesse óbvio entendê-los.

Estou num sonho de atos intermináveis.

zé silva.

sábado, 24 de janeiro de 2009

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Circular ou linear, não importa o tempo
O Homem sente a necessidade dos padrões de comportamento
Sempre à beira do caos...
Humanos máquinas servem aos humanos medíocres
Mente humana!
Mente humano!
Falta aos sonhadores, com suas visões multicoloridas, o elixir contra a hipocrisia
Enquanto isso...
Gira! Gira! Humano circular!

zé silva.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Não é hábito eu ficar colocando citações no blog e também não é falta de assunto para escrever. Mas, navegando pela internet encontrei este texto. Está assinado como sendo do Charles Chaplin, não tenho certeza se é dele. Do Chaplin ou não, o importante é que o texto ficou muito bom e achei legal dividir. Imagine que ótimo seria se o ciclo da vida fosse assim.

"A coisa mais injusta sobra a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás para frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado para fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante para poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante àlcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para o colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna bebezinho de colo, volta para o útero da mãe, passa seus últimos nove meses flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?"
Charles Chaplin.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Manhã são as lições
Tarde são os rios e as plantações
Noite é o cantarolar dos pássaros noturnos
Homens a descarregar o cotidiano nos bares
Mulheres em casa, interrompidas de procurarem um espaço para aliviar suas angústias
Muitas são as rezas
Apesar do silêncio, pouca é a paz
Ali onde a paisagem é bela
O tempo está encarregado de tornar tudo apenas mais um lugar.

zé silva