O nada está no silêncio, o nada está no barulho.
O nada atua nos sentimentos anestesiados pelo cotidiano.
Vasculha os buracos deixados pela sua falta de reflexão.
Perfura sua razão.
Há os que o desprezam, e há os que o escutam.
A diferença é que os primeiros insistem em se fechar nas suas certezas morais e racionais, nestes só o leito da morte abrirá seus ouvidos.
Perceberão que agora, no momento da partida, seus muros de certezas de nada serviram.
Eis o nada proferindo sua última palavra.
O nada seduz.
O nada provoca.
O nada duvida.
No nada não existe dualidade.
O nada nunca é.
Sua imagem nunca teve lugar entre os heróis, sua memória nunca foi lembrada.
Ainda vivo talvez...
Mas sempre no submundo da história.
Relegado ao mundo marginal, onde o absurdo age de forma mais transparente, porém, sem deixar de ser cruel.
ze silva.
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
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